terça-feira, 31 de agosto de 2010

Síndrome de Tourette pós-consulta...

Major filho da puta. Ganha um dinheirão para vir de Anápolis e põe o laranja para assinar. Dizer que um cara magro tem síndrome de Munchausen? Tá me chamando de mentiroso? LÊ A PORRA DO PESO, IDIOTA. TÁ NA FICHA, SUA BESTA. Você está me fazendo desenvolver síndrome de Tourette no teclado, seu asno. Se informa, seu MAJOR TARJA-PRETA.
O que é ?
O carbolitium é o carbonato de lítio. O carbolim é um sal semelhante ao sal de cozinha. No início do uso dessa medicação quando descobriram o efeito antimaníaco mas ainda desconheciam o efeito tóxico da superdosagem, carbolim substituiu o sódio (sal de cozinha) no tempero dos alimentos para tratar os pacientes com transtorno afetivo bipolar (antigo PMD). Com o tempo viu-se que o carbolim era tóxico quando ingerido em grande quantidade, e essa prática foi abolida. Tu sugere que eu sou um mentiroso, passa remédio para um bipolar, quem é você, seu Militar Bosta. A propósito, estou sob a Junta de Saúde, e enquanto não estiver com as faculdades normais, não posso ser punido sequer pelos palavrões de tourette E SE FODA quem não gostar. Adquiri a carta branca para DESCONFIAR DE SEU SERVIÇO PRESTADO.
Para que serve ?
Até o momento o carbolim tem como principal finalidade o tratamento dos estados afetivos alterados (exaltação e/ou depressão) do transtorno bipolar. Muitos pacientes, porém com depressão unipolar (que não alternam depressão com exaltação) também se beneficiam do carbolim quando associado a um antidepressivo.
Observação: seu estúpido, eu tenho um RA. Tenho três personalidades MILITARES em um só número. Deus gosta de seus números, seu DOENTE.
Como é usado ?
Para evitar sua toxicidade a dose do carbolim deve ser controlada com precisão. Os exames de laboratório ajudam, mas não são indispensáveis. O psiquiatra experiente poderá usar o carbolim com exames esporádicos ou no começo do tratamento. É conveniente que o carbolim seja distribuído ao longo do dia (manhã, tarde e noite) para diminuir os efeitos colaterais. Para se fazer o exame laboratorial o sangue do paciente deve ser tirado 12 horas depois da última vez que tomou o remédio, ou seja, se tomou às 8 horas da noite deve tirar o sangue às 8 horas da manhã do dia seguinte.
Principais efeitos colaterais
Enjôo e tremores são os efeitos mais comuns: podem ser controlados com outras medicações como o plasil e o propranolol. Nenhuma medicação se equivale ao carbolim, muito poucos pacientes se beneficiam de outro antimaníaco tanto quanto se beneficiam com o carbolim. Por isso é importante o bom controle dos efeitos colaterais para que o paciente não se recuse a tomar essa medicação tão importante. Outros efeitos que costumam incomodar os pacientes são: diarréia, vômitos, fraqueza muscular, cãibras, alteração do ritmo cardíaco, aumento da glândula tireóide depois de vários meses de uso.
Eu pareço um maníaco para você, seu estúpido? CHARLATANISMO!!!

A síndrome de Munchausen é uma doença psiquiátrica em que o paciente, de forma compulsiva, deliberada e contínua, causa, provoca ou simula sintomas de doenças, sem que haja uma vantagem óbvia para tal atitude que não seja a de obter cuidados médicos e de enfermagem. Já disse que destesto hospital, seu psicólogo de campanha russo. Se os russos não recolhem seus mortos em campo de batalha, você acha que há psicólogo de campanha russo? Seu...

A síndrome de Munchausen, também denominada simulação, não é um distúrbio somatoforme, mas as suas características são algo similares aos dos distúrbios psiquiátricos sob a aparência de uma doença orgânica. A diferença fundamental é que os indivíduos com a síndrome de Munchausen simulam conscientemente os sintomas de uma doença. Eles inventam repetidamente doenças e freqüentemente vão de hospital em hospital em busca de tratamento. Contudo, a síndrome de Munchausen é mais complexa que a simples e desonesta invenção e simulação de sintomas. Ela está associada a problemas emocionais graves. Os indivíduos com esse distúrbio geralmente são bem inteligentes e cheios de recursos. Eles não somente sabem como simular doenças, mas também possuem um conhecimento sofisticado das práticas médicas. Eles são capazes de manipular seus cuidados para serem hospitalizados e submetidos a uma enorme quantidade de exames e tratamentos, incluindo cirurgias de grande porte. Suas fraudes são conscientes, mas a sua motivação e busca por atenção são em grande parte inconscientes. Uma variante curiosa da síndrome é denominada Munchausen por substituto. Nesse distúrbio, uma criança é utilizada como paciente passivo, geralmente por um dos genitores. O genitor falsifica a história médica da criança e pode causar-lhe danos com medicamentos ou adicionando sangue ou contaminantes bacterianos em amostras de urina, orientando todo o seu esforço para simular uma doença. A motivação subjacente a esse comportamento tão estranho parece ser uma necessidade patológica de atenção e de manter uma relação intensa com a criança.
Isso foi o que o senhor, seu Major-Merda, achou de mim. E mandou o aspira assinar. Seu bozó.
Sabe o que eu acho de você, Major?
SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

“Doença que provoca distorções na percepção visual da vítima, fazendo com que alguns objetos próximos pareçam desproporcionalmente minúsculos. O distúrbio foi descrito pela primeira vez em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd, que o batizou em homenagem ao livro de Lewis Carroll. Na obra, a protagonista Alice enxerga coisas desproporcionais, como se estivesse numa "viagem" provocada por LSD. As vítimas da síndrome também vêem distorções no próprio corpo, acreditando que parte dele está mudando de forma ou de tamanho.”
Isso se dá pela observação do seu procedimento militar. Você viu um mais moderno e pensou que iria chamá-lo em seu campo de doente ou mentiroso. Seu palhaço. Já curtiu LSD, Major? Podemos – a inteligência artifical – pesquisar você?
Um homem tem que ter as bolas de assinar seu serviço. Por que não encaminhou-me pessoalmente para um médico de verdade? Acredita que seu cérebro está preparado para explicar tudo o que aconteceu naquele dia para um Delegado?
OU SEU PRÓPRIO NARIZ ESTÁ CRESCENDO?
Você me sugeriu, seu merda, carbolitium. Só que não medicou. Por quê?
Tá querendo dopar quem, seu MALUCO?
Quero que você me dê apto para voltar a trabalhar, e você vai assinar. Cedo ou tarde. E vai mandar o aspirante se apresentar para mim. Cliente. Estudo advocacia, ele pode ser um potencial cliente de assédio profissional, ou é suspeito como você.
Vou me informar a respeito dos dois. Se for constatado que vocês prejudicam militares com artifícios de encaminhamento, vai rodar TODO MUNDO.

Tô de olho em você, MAJOR TARJA-PRETA. Todo dia, enquanto você dorme. Cada documento...
Depois eu mostro o que vou fazer com o aspira desconhecido...
Dica para bons sonhos...
Charlatanismo - 1) O que é próprio de charlatão. Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível. 2) Segundo o Código Penal, é crime praticado contra a saúde pública, mediante o anúncio de cura por meio secreto e infalível.
Qual CPF, para uma boa conversa na delegacia? Mais antigo ou mais moderno?
No MEU TEMPO, saberemos.
E NÃO VOU TOMAR REMÉDIO PORRA NENHUMA.
MANDE UMA FATD, SEU LEIGO. BASTA SER MEU CHEFE.
VOLUNTÁRIO?

Modelo Externo

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília recebeu nesta segunda-feira (30) representação da Corregedoria da Receita Federal com informações sobre a apuração interna no caso do suposto "balcão de compra e venda de informações" existente no órgão.

A documentação foi encaminhada ao procurador da República Vinícius Alves Fermino, que está acompanhando as investigações da Polícia Federal (PF) sobre o caso. O inquérito que apura se houve crime de quebra de sigilo está na Justiça Federal. Quando chegar ao Ministério Público Federal, a representação enviada hoje pela Corregedoria da Receita deve ser incluída nos autos.

As investigações sobre o caso estão sob sigilo. O Ministério Público Federal (MPF) informou que não vai revelar o conteúdo da representação.

O suposto esquema de vendas de informações sigilosas da Receita foi descoberto após a divulgação, em junho, de que o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, teve sua privacidade fiscal violada. Novos casos apareceram em seguida e, na semana passada, a Receita reconheceu que as informações estão sendo vendidas por agentes intermediários externos.

Ainda segundo a Receita, denúncias indicam que foram feitos mais de 140 acessos ilegais a dados de contribuintes, mas o órgão não informou se todos partiram dos computadores da agência do posto de Mauá, de onde vazaram as informações sobre Eduardo Jorge.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Know your enemy

http://www.youtube.com/watch?v=yO0UvNWPNSA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=4smim2MNvF8
http://letras.terra.com.br/rage-against-the-machine/32170/traducao.html

Pra variar a tradução tá cheia de furos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Festa da Música Tupiniquim



Paródia - para ler ouvindo Gabriel o Pensador

Festa da Farda Tupiniquim

Há muito tempo tá rolando uma farra maneira
Na Aviação Civil Brasileira...
Ninguém deixou sair, então decidi ficar
Me alistei lá no Sermob e vim direto pra cá, pra...

Festa da farda tupiniquim
Que tá rolando embaixo do nariz do tal Tom Jobim
Todo mundo de gravata e ninguém de HK
E muita gente ainda está pra voltar pra...(2X)

Na portaria o Sentinela pediu o crachá
Do civil Adahil, ele apenas sorriu
Acompanhado de Cerqueira, do Paulão, Candiota, e outros chapas presenças...
-Xá cumigo, Excelença! “COLA ESSES CASCOS, SOLDADO PESTE!”
...e foi assim que eu fiquei preso, e ainda perdi minha GCET.
“Força Aérea do Rio”...né? Senti firmeza. E quer servir aonde?
- Em Fortaleza...
Black Label à vontade, a noite inteira...
Olha um de Olinda enquadrando a enfermeira!
Olha quanta sargenta fardada e gostosa!
Olha o tenente com uma boina rosa!
- Ué, cadê os BCT, ninguém convidou?
-Agarrados na escala, uou-uou...

¬Tiroteio de caneta, só tiro à queima-roupa
Desviando igual Matrix sem marcar touca

Os eletrônica apresentaram um plano nota cem:
Vão ficar sem estafeta também
E o AMHS até agora nem vingou...
Mas o contrato rende a grana pro doutor...
...patrocinar a festa!

Festa da farda tupiniquim
Que tá rolando embaixo do nariz do tal Tom Jobim
Todo mundo de gravata e ninguém de HK
E muita gente ainda está pra voltar pra...(2X)

A farra tá correndo bem
O Ramon até agora não mandou castrar ninguém
O Bueno ta querendo comprar um avião esquisito
O Walacir ta vindo ali
Ahn? Não acredito!
Ele olhou pra mim e disse “Voa comigo!”
E eu sabia que não havia o menor perigo

Mas é claro que declinei do convite,
Fui ralar ouvindo o som das impressoras, dos papéis e dos carimbos...
-Isso aqui ta muito bom, isso aqui ta bom demais.
-Joga no chão, cata do chão, imprime mais!


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sun Tzu

“Você toma partido de seu comandante.
Fundamente-se em suas ações. Economize o esforço de raciocínio,
busque pensar como ele. Habitue-se a pensar como um general.
Isto simplificará as reações e desenvolverá a confiança mútua.
Você deve perguntar a si mesmo:
O que um general precisa para que seus obstáculos se dissipem?
É assim que se controla o ambiente.

Por outro lado, acercar-se-á do momentum de realizá-lo.
Um soldado não deve dirigir-se ao mais antigo sem um bom
Motivo para fazê-lo.
Aguardará do mais antigo a chance de se expressar.
É assim que se administra a oportunidade.

O combatente completo desenvolve a visão estratégica do todo,
Quer na perspectiva de sentinela, instrutor ou responsável.
O melhor sentinela é o que sabe exatamente o que o general precisará.
E adianta o serviço."

Dicas Úteis

Fato típico

Abstraindo-se as discussões doutrinárias a respeito da definição de crime, adota-se o conceito de crime como sendo toda conduta humana típica e antijurídica. Partindo dessa definição, façamos uma rápida análise de seus elementos:
Para caracterizar o fato típico é exigida a concorrência dos seguintes elementos:

a) Conduta (ação ou omissão): é o agir de acordo com o tipo descrito na lei. Ex: matar, solicitar, subtrair, etc.
b) Resultado: o Direito Penal tutela interesses que podem ser denominados patrimônio jurídico – objeto jurídico. Sempre que esse patrimônio (vida, honra, costumes, bens, etc.) for violado ou ameaçado, dizemos que a conduta ocasionou um resultado, sendo este um elemento do fato típico. Esta é a idéia de resultado sob o prisma jurídico, que não pode ser confundido com resultado naturalístico, que consiste na modificação exterior das coisas (subtração, morte, etc.). Resultado, aqui, é a ocorrência de uma lesão ou de uma ameaça ao bem juridicamente protegido. Por exemplo, quando alguém profere expressões injuriosas a outrem, não temos aí um resultado naturalístico, entretanto, temos um resultado jurídico que consiste na lesão ao direito de se ter preservada a sua honra.
c) Relação de Causalidade: pela teoria da equivalência das condições nominada ainda de relação de causalidade. Baseia-se essa teoria no princípio segundo o qual responde o agente pela ação em que o antecedente tem relação com o resultado (conseqüente). Portanto, todo agente que contribuir para o resultado verificado deve ser responsabilizado.
d) Tipicidade: corresponde à exata definição da conduta prevista na lei. Há o tipo legal quando a conduta exteriorizada pelo homem encooontra extata adequação na lei. No Direito Penal há dois mundos bem distintos: o da abstração jurídica – descrição hipotética de uma conduta na lei que caracteriza ilícito; e outro mundo, que chamamos de real – conduta praticada pelo agente. Sempre que esses dois mundos encontram-se perfeitamente adequados é correto afirmar que ocorreu um fato típico, pois, o agente praticou todos os atos que a lei exige para caracterizar o delito. Presentes todos esse elementos conclui-se que o agente praticou um fato típico (crime).
e) Antijuridicidade ou ilicitude: a conduta humana prevista em lei deve ser contrária ao direito. De regra o é. Entretanto, há situações em que o agente, mesmo tendo praticado uma conduta típica, encontra na própria lei permissivos para a sua conduta, daí excluir-se a antijuridicidade de sua ação. Antijuridicidade quer dizer contrário ao querer social, sendo que, em algumas situações, a lei autoriza o agente a praticar uma conduta típica, sendo entretanto, em face da autorização legal, despida de antijuridicidade. Ex.: quando o agente age em legítima defesa, sua conduta é típica; matar alguém, porém, não é ilícito, ou seja, antijurídico.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Missão Cumprida

Vim, Vi e Venci. Devo ter economizado cerca de vinte e duas mil páginas de processos diversos que envolveriam gestões futuras, conforme as “bombas jurídicas” que alguns funcionários deixam. Por ordem do Comandante da Aeronáutica, pus no papel o que poderia ser feito para amenizar os problemas da aviação. Pus no Judiciário.

Vou resumir: o gestor antigo deixou uma “canetada” ilegal, e contratou uma série de ex-funcionários. As gestões posteriores seriam afetadas, e acreditava-se inimputável qualquer responsabilidade resultante. Na cidade onde nasci não é exatamente assim que acontece. Acontece que mesmo detectada a situação e os autores, dificilmente há punição. Isso não é ruim, sendo franco: sou a favor de qualquer manifestação inteligente que permita a contratação entre particulares com o Estado, de acordo com as necessidades da administração.

O problema é que o pessoal do Executivo, quando tenta legislar, é uma turma de primatas operando um xavante. Não há como garantir onde se vá parar.
E foi numa dessas que saí do anonimato. Enquanto um monte de gente estudava para migrar para outros pólos de poder, eu decidi reforçar o poder de minha própria Força. Não é coisa “besta”, nem ativismo irrefletido. É vontade de transformar a Força em algo muito mais eficiente.

Por exemplo: um monte de colegas, decepcionados com a lida diária e incapacidade de uma boa “performance” de vida, optam por estudar para outros concursos. Migram para outras esferas do governo e renegam suas próprias bases, seu conhecimento militar. Bobagem.

Meu interesse por estudar matérias civis é exatamente o oposto da maior parte dos brasileiros. Minha intenção é estar informado.

Porque no dia que algum civil tentar entrar no prédio onde presta um serviço de segurança nacional sem autorização para praticar crime de colarinho branco, vai ficar na porta. No dia em que estiver de Comandante da Guarda, a área poderá contar com uma avaliação militar “apurada”.

Sempre permiti que as pessoas transitassem livremente para cima e para baixo em minha Unidade justamente porque era um local desinteressante a assaltantes, e coisas congêneres. Só tinha gente pobre. Isso é uma virtude, dado a necessidade de traquilidade.

Então, meus comandantes faziam saber na guarda que era importante a função de guarda, essa encheção de saco sem tamanho todo mês. É o dia que você põe ordem na casa, se quiser.

Ou então observa calmamente o decorrer do dia. Quem vai para que obra, e está andando aonde, outras rotinas que variam de lugar para lugar. Essa é a vida.

Me ensinavam durante os serviços que era importante certificar-se na real identidade de todos os que acessavam a Unidade. Diziam inclusive que nossos piores oponentes eram os que nos conheciam no íntimo, como as pessoas que se declaram ex-militares. Isso causava certo desconforto subjetivo, dentre os soldados mais antigos.

Mas ninguém tinha dito nada a respeito de pessoas que trabalhassem irregularmente numa área de segurança nacional. Contratação ilegal. Não há referências de coisas nesse tipo, então todo procedimento que se toma tem que ser bem pensado. Ninguém quer prejudicar gente por causa de uma “bobagem burocrática”.

Economizando críticas do Arnaldo Jabor, vou fazer o trabalho pelo qual ele recebe cerca de seis mil reais (é o que estimo), e afirmo que é uma “bobagem burocrática” exigir que funcionários permanentes sejam readmitidos de modo diferente dos concursos públicos. Afinal, por que uma constituição de um país tão liberal quanto o Brasil exigiria um certificado vago, impreciso e de pouca expressão prática que é o concurso público?

Não se pode exigir de um atendente administrativo o conhecimento de um cirurgião cardiovascular público! A única diferença no raciocínio símio do brasileiro é que numa situação de isonomia de títulos, ao invés de estender a dificuldade de concursos, haveria eleições para cirurgiões. Um desastre.

Então, entendendo a máxima das exegeses dos juízes - um conhecimento que é possível graças à internet - desenferrujei meu conhecimento legal. Lembrei das necessidades do serviço. Havia recebido “sugestões”. Sugestão do alto-comando pode tomar vias de ordem.

Uma das ordens era relativa a dinheiro. Eliminando uma série de funcionários excedentes, será mais ágil balancear os gastos futuros. O direito subjetivo das contratações ainda não foi devidamente avaliado pelos setores de planejamento.

Logo, pau nas “crianças”. Tem menino velho brincando no parquinho com limite de idade, só isso. Gente que passou da idade das atividades públicas e voltou com uma “canetada” mal feita, coisa de amador. Nego-me a crer que não tenha sido criminoso. Pesquisei, verifiquei e não cheguei a conclusões precisas. Na verdade, quanto mais pesquiso, mais encontro sujeira. Tá um saco.

Na quantidade de informações relativas, é bom passar tudo pra frente. Não sou juiz para dizer se alguém pode usar terno e gravata e dizer “ordinário, marche!”.

Mas sou militar o suficiente para tirar as dúvidas com a justiça. Penso que quadros permanentes não devem ser substituídos “ad eternum” por malandros de gravata. Salvo engano isso é proibido na esfera federal. Na dúvida, remeta-se os autos.

Duas frases que estão fixas em minha mente são: “Ninguém entrou na Força para ficar rico.”, e “Estamos com problemas jurídicos e de efetivo.” Uma foi do Comandante da Aeronáutica, outra do meu próprio comandante. Cumprindo ordens, fiz minha pesquisa. E pus no papel, conforme solicitado pelo japonês. O japonês deu sorte: a ação o favorece contra os dissabores das gestões passadas... o cara que tentou derrubar o Japonês vai se arrepender dos “atos solertes” praticados contra a administração pública. Ou não.

O juiz decide.

domingo, 1 de agosto de 2010

Liberdade é Poder

Poder é a capacidade eventual de realizar algo. Num país capitalista, isso se traduz em dinheiro.
Às vezes, é importante economizar o poder. Às vezes, é importante economizar o poder.
Empresto meu poder a quem quero, por força da natureza pessoal.
Num domingo, primeiro de agosto de 1993 decidi emprestar meu poder. Havendo sido “escalado” para cumprir a obrigação militar, decidi que já lá dentro faria a diferença. Fui recebido por um sargento infantaria, filho de um brigadeiro. Ele foi sucinto, mesmo hilário, quanto à nossa situação:
- Senhores! Os senhores candidatos estão de quarentena. Não poderão deixar o recinto sem autorização.
Tive a impressão de estar preso sem nada ter feito.
Cerca de um mês de quarentena – e três dias de acampamento no cerrado agreste, o mesmo cenário de hoje, lá fora.
A diferença é a situação.
Minha vocação sempre foi dividida. Considero-me um dos afortunados que gosta de saber de tudo um pouco. No final sempre tem um ou dois itens que a pessoa é capaz de fazer de muito próprio.
Sei fazer de tudo um pouco, como disse. A questão é que essa capacidade pouco representa se você não consegue atingir os objetivos de seu conhecimento. Tão complicado quanto ser um analfabeto funcional, é se ver incapaz de utilizar as ferramentas que lhe caem à mão.
Tem gente que tem ferramentas em excesso. Isso significa que nunca irá saber como cada uma funciona profundamente. Outras têm muito poucas ferramentas, o que se traduz por limitação de engenhos. A adequação entre uma e outra situação faz o indivíduo.
Então, mecânica de veículos diversos, aquarismo e MotoCross fazem parte de um arquivo bagunçado e pequeno no processamento da agenda pessoal. Na pasta de diversão, é um arquivo que “depende” da pasta “finanças”.
É onde entram os outros conhecimentos diversos. Um pouquinho de legislação aqui, um pouquinho de música acolá e qualquer um consegue produzir o engenho que desejar. A música dá o ritmo e a idéia do que fazer, conforme a capacidade de adequação de cada pessoa. É algo como exercitar a “música interna” com a inspiração de músicas que podem associar-se naturalmente ou não ao assunto. O fato é que é perfeitamente possível estudar, ou fazer qualquer atividade que necessite alguma criatividade com o auxílio da música.
Ninguém decide fazer isso à toa, nem eu o fiz. Na verdade, faz parte de uma carência que observo há vários anos: a necessidade de gerar motivação, mesmo quando o ambiente não o permite. Nas condições de vida profissional que sou testemunha, isso é quase imprescindível.
As pessoas têm mania de confundir o acesso ao consumo com a qualidade de vida. Muita gente acredita que para ser feliz você precisa ter o que quer. A experiência mostra outra realidade: para ser feliz você precisa ter o que você precisa.
Ao deslocar-se para o trabalho, quando o ambiente não é animador, exige que o indivíduo “apele” para recursos motivacionais diversos. Tem gente que descansa um dia inteiro antes da jornada de trabalho, outros fazem uma boa prece na saída de casa. Cada um descobre o modo adequado de iniciar um bom dia ao longo da vida, e muitos variam de método.
Particularmente, prefiro a música. A música é uma forma muito avançada – e antiga – de comunicação. Hoje é possível transmitir uma mensagem completa em videoclipes, filmes e outros meios expositivos de situações e idéias. Mas se você pretende que a idéia te atinja enquanto vai ao trabalho, é importante ouvir música.
Nesse particular, é importante uma observação: a música pode significar imagens diferentes de pessoa para pessoa. Uma pessoa que não conheça inglês com intimidade poderá gostar da sonoridade de uma música estrangeira e detestar a letra. Em qualquer caso, é tão importante ter sensibilidade à mensagem verbal quanto ao ritmo. Isso diferencia quem entendeu o compositor ou não.
Pode parecer extravagante o exemplo, mas Jack Nicholson em “As Better As It Gets”, programou fitas para uma viagem de automóvel. Parece estranho, mas faz sentido: você dirige conforme a música. Como na música interna de cada um, a “tocada” para a vida depende do que você ouve.
Decerto é ótimo que haja variações de estilos musicais, cantores e temas. A questão é que quando alguém não gosta de ouvir música sertaneja, é porque não se identifica com a música. E isso é um problema ou não, depende do ponto de vista.
Meu ponto de vista é que não gosto de música de corno, ou dor de cotovelo. A vida é de múltiplas freqüências, não faz sentido conhecer apenas os sabores da roça, é importante entender a comunicação do homem da cidade. A grande pegada é que o homem da cidade também tem dor de corno. A diferença é que a fase passa. Antes de montar uma dupla roqueira.
Música pode fortalecer, enfraquecer ou dar um rumo totalmente distinto do que você imagina. Todo dia de manhã ligo o carro e um bom CD. Isso facilita vencer as distâncias para o trabalho e adicionalmente preenche o lugar das más idéias.
Música é poder. É a capacidade de energizar quando o ambiente não permite. Por isso os locais mais severos não admitem música: ela afeta o transcurso natural da concentração. Ela evita que pessoas saiam da gaiola mental que é o ambiente administrativo. Escolho as músicas conforme a missão – e não acho nada de anormal nisso, conforme o filme com o Jack Nicholson.
Primeiro de Agosto. 18 anos de serviço. Segunda-Feira desço para o trabalho ouvindo Rage Against the Machine

FREEDOM

Solo, I'm a soloist
on a solo list
All live, never on a floppy disk
Inka, inka, bottle of ink
Paintings of rebellion
Drawn up by the thoughts I think
Yeah!
Come on!
The militant poet in once again, check it
It's set up like a deck of cards
They're sending us to early graves
For all the diamonds
They'll use a pair of clubs to beat the spades
With poetry I paint the pictures that hit
More like the murals that fit
Don't turn away
Get in front of it
Brotha, did ya forget ya name?
Did ya lose it on the wall
Playin' tic-tac-toe?
Yo, check the diagonal
Three brothers gone
Come on
Doesn't that make it three in a row?
"Anger is a gift"
Come on!

Brotha, did ya forget ya name?
Did ya lose it on the wall
Playin' tic-tac-toe?
Yo, check the diagonal
Three million gone
Come on
'Cause they're counting backwards to zero
Environment
The environment exceeding on the level
Of our unconciousness
For example
What does the billboard say
Come and play, come and play
Forget about the movement
"Anger is a gift"
Yeeeaaahhhh!