quinta-feira, 13 de maio de 2010

Desativação das ZW da FAB.

Sobrou doutrina relativa à valorização do espólio de recursos humanos das velhas “ZW”. Posições operacionais militares. É o que nossos SARAM significam.
"O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel." (Jerome Lawrence)

PCA 102-1/2009
Desativação das Estações de Telecomunicações no Âmbito do Comando da Aeronáutica

PREFÁCIO

Devido ao desenvolvimento da Tecnologia de Informação e dos microcomputadores, os terminais de teleimpressores foram substituídos por equipamentos mais simples de operar e com uma interface homem-máquina muito mais amigável. Neste contexto, o profissional com conhecimento e habilidades na operação dos antigos meios de comunicação, como o telégrafo e o teletipo, não se faz tão necessário para apoiar os usuários do serviço de mensagens.


Por outro lado, o avanço tecnológico na área de redes de computadores e sistemas automatizados vem demandando o emprego de recursos humanos especializados para administrar, supervisionar e manter as redes e sistemas de telecomunicações que estão
sendo implantados. A Portaria DECEA Nº 155/DGCEA, de 18 de setembro de 2003, aprovou a Concepção Operacional da Nova RACAM, um sistema eletrônico de fluxo de mensagens, que utiliza como suporte físico uma rede digital de longa distância privativa do Comando da Aeronáutica. As redes locais instaladas nas organizações subordinadas se conectam através da INTRAER.


A Concepção Operacional da Nova RACAM estabelece que a rede será implantada de forma que a continuidade no trâmite de mensagens, que atualmente é efetuado através da RACAM, não sofra nenhum impacto. Para que este critério seja atendido, a implantação deverá ser executada em três fases, possibilitando uma transição gradativa do serviço atual para a Nova RACAM. Durante a implantação de cada fase, facilidades
adicionais poderão ser incorporadas ao sistema.

Concluída a primeira fase de implantação da Nova RACAM, o DECEA por meio deste Plano estabelece os critérios para, gradativamente, implantar a segunda fase que prevê a desativação das ECM administrativas, visando à substituição progressiva dos serviços de mensagens e, principalmente, fazer o aproveitamento dos operadores de telecomunicações em novas funções demandadas pela implantação dos novos sistemas.

Ok, instrução.

De acordo com a portaria o terminal centralizado da estação de comunicações militares ECM-A26 será substituído por um terminal em cada seção, de modo que as seções continuem em comunicação entre si e adicionalmente possam comunicar-se com outras unidades. Excelente.

Deste modo, cada funcionário poderá enviar suas próprias mensagens, no teor de cada serviço. Logo, na fase 2 o efetivo da estação deverá elaborar uma apostila para o usuário e cuidar da manutenção do terminal. Só isso. Ao invés do chefe assinar a mensagem telegráfica e encaminhar para transmissão, o chefe de cada seção poderá enviar mensagens diretamente, aumentando a capacidade de comunicação. Espantoso! Uma idéia genial!

Logo, em estrito entendimento, ensinaremos a fazer nosso serviço, ou seja: enviar mensagens.

Ok. Toda seção deverá ser capacitada a assumir das Estações de Comunicações Militares as seguintes tarefas:

Comunicar-se utilizando-se da Rede Administrativa de Comutação Automática de Mensagens – RACAM. A RACAM será criada após a destativação das NOVA-RACAM. No sistema RACAM possibilitará, desta forma, que os usuários possam compartilhar livremente suas mensagens, dispensando a necessidade de protocolo e entrega de mensagens. Tudo o que as Estações de Comunicações precisam fazer é treinar o usuário.

Moleza.

De acordo com a Doutrina Básica da Força Aérea, o emprego e permanente das ações de comando de defesa aeroespacial brasileiro é centralizada no COMDABRA, e as estações de comunicações militares participam do elo de defesa aeroespacial brasileiro por intermédio das estações de comunicações das Fae Numeradas.

Na Doutrina Básica da Força Aérea, consta que:

1.2 CONCEITUAÇÃO
Para efeito desta Diretriz, consideram-se as conceituações contidas nas documentações
normativas do Ministério da Defesa (MD), do Comando da Aeronáutica (COMAER) e as especificadas abaixo:

1.2.1 COMANDO DE EMPREGO (Cmdo Emp)

1.2.1.1 Comando Singular ou Combinado ativado na FAB, organizado para empregar os
meios alocados a toda a gama de missões que lhe forem atribuídas.

1.2.1.2 Dentro desse conceito, encontram-se o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), responsável por toda a defesa aeroespacial do País, ativado permanentemente desde o tempo de paz; as Forças Aéreas Numeradas (FAe Num) e Forças Aéreas Componentes (FAC), que são organizadas e ativadas temporariamente.

1.2.2 FORÇA AÉREA NUMERADA (FAe Num) Conjunto de unidades e organizações da Força Aérea responsável por ações singulares ou combinadas com as demais Forças Singulares ou Governamentais, organizado para a execução de uma missão específica, com objetivos e duração limitados, sendo desativado após o cumprimento da missão. Quando for adjudicada a um Comando Combinado, integrará este Comando como FAC.

1.2.3 FORÇA AÉREA COMPONENTE (FAC) Conjunto de unidades e organizações da Força Aérea integrante de um Comando Combinado, o qual é organizado para a execução de uma missão específica, com objetivos e duração limitados, sendo desativado após o cumprimento da missão.

1.2.4 PODER AEROESPACIAL (DOUTRINA MILITAR DE DEFESA - MD33-M-04,
ITEM 4.1.3, DE 31 JUL 2001) Projeção do Poder Nacional que se expressa como a capacidade resultante da integração dos recursos de que a Nação dispõe, para a utilização do espaço aéreo e do espaço exterior, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e social, visando a conquistar e manter os Objetivos Nacionais. Seus elementos constitutivos básicos estão conceituados abaixo.
1.2.4.1 Força Aérea Brasileira (FAB)
Conjunto de organizações, de instalações, de equipamentos e de pessoal
empenhados no cumprimento da missão militar atribuída ao COMAER.

Considerando desta forma que as Estações de Comunicações Militares traduzem um ativo militar, em consonância com a Política de Comando e Controle da Aeronáutica (PORTARIA No 395/GC3, DE 22 DE JUNHO DE 2007) na forma de seu prefácio:

“A coordenação e o controle de todos os meios envolvidos no ambiente operacional, tanto em tempo de paz como em situação de conflito, tende a ser uma tarefa crescente e complexa. Tal circunstância tem determinado o estabelecimento de sistemas de comando e controle cujas peculiaridades, no que se refere à abrangência, flexibilidade, confiabilidade e segurança, visam a permitir que a ação de comando se manifeste adequada e oportunamente.

A atividade de Comando e Controle vem sendo, cada vez mais, sustentada por modernos e eficientes sistemas de comunicações, de inteligência e de tecnologia da informação, no sensoriamento e na guerra eletrônica. Por ser uma atividade complexa, com necessidade de apresentar grande capilaridade e integração com diversas atividades e sistemas do Comando da Aeronáutica, a estrutura de Comando e Controle deve permear esta Instituição, harmonizando-se, sempre que possível, com o Sistema Militar de Comando e Controle (SISMC2). Isso permitirá que comandantes com funções administrativas ou operacionais possam dispor de informações oportunas e confiáveis no momento da tomada de decisão.

Será a capacidade de Comando e Controle, por meio de seus processos e sistemas, um dos pilares para o sucesso da Missão, exigindo uma ampla reflexão e debate sobre as bases da modernização ou atualização desta política que influencia, na arte militar, o entendimento da situação, o direcionamento das ações e as normas de conduta de modo efetivo e oportuno.

Este documento propõe os fundamentos para uma capacitação da estrutura de Comando e Controle da Aeronáutica, enfocando primordialmente a necessidade da integração
do fluxo de informações e da produção de conhecimentos para uma ação imediata, efetiva e coordenada, em todos os níveis de atuação, nas situações de paz, crise, conflito armado ou contingência.

Busca-se, também, com este documento, atingir os objetivos de integração e interoperabilidade entre sistemas de Comando e Controle das Forças Armadas, conforme orientações do Ministério da Defesa, explicitadas na legislação em vigor.”

Em decorrência dos termos assinalados na Política de Comando e Controle, os Ativos Humanos de defesa integram seus respectivos elos operacionais e táticos – COMDABRA e COMGAR, são somente alguns exemplos.

Por outro lado, o efetivo das Estações de Comunicações Militares administrativas formam o efetivo militar para coordenação tática, nos termos da DMA600-1. Página 17:

3.14 COMANDO E CONTROLE (C2)

3.14.1 É o exercício da autoridade e da direção que um comandante tem sobre as forças a seu comando, para o cumprimento da missão designada.
3.14.2 Um C2 efetivo é fundamental para a eficiente aplicação do Poder Militar Aeroespacial.
Dessa forma, uma compreensão de seus principais elementos é essencial para a efetivação de uma doutrina. O completo entendimento das suas funções, das suas redes e do seu sistema como um todo é requisito a ser perseguido tanto pelos planejadores quanto pelos executores das missões.
3.14.3 As funções de C2 são executadas pela integração de pessoal, equipamentos, comunicações, facilidades e procedimentos empregados pelo Comandante no planejamento, direção, coordenação e controle das forças e operações no cumprimento da missão.
3.14.4 Um efetivo sistema de C2 é primordial na capacidade de ação da Força Aérea. O
pessoal encarregado do planejamento é chamado a contribuir com suas perspectivas, visões e compreensão do ambiente global do TO, no que tange a estratégias operacionais e emprego tático necessário para a consecução dos objetivos da campanha.
3.14.5 Ele permite que as forças controlem o ambiente aeroespacial, o engajamento dos alvos em qualquer lugar, de modo oportuno, bem como obtenham os efeitos desejados com riscos considerados aceitáveis e danos colaterais mínimos, sustentando as operações de combate de modo flexível e efetivo.
3.14.6 São características desejáveis para um sistema de C2:
a) interoperabilidade;
b) flexibilidade;
c) pronta-resposta;
d) mobilidade;
e) disciplina;
f) capacidade de sobrevivência;
g) facilidade de manutenção; e
h) segurança.

Pg 18 - DCA 1-1/2005

3.15 GUERRA ELETRÔNICA COMO FATOR MULTIPLICADOR DA CAPACIDADE OPERACIONAL

3.15.1 A velocidade de ocorrência dos eventos para uma Força, em um teatro de guerra, e a utilização de sistemas de comando e controle, rápidos e seguros, de equipamentos de
vigilância e alarme, de armamentos, de dispositivos de guiamento e de sensores de reconhecimento a tornam dependente do espectro eletromagnético.
3.15.2 Essa dependência é resultante da evolução que tem ocorrido no espaço de batalha e, em particular, da guerra eletrônica, tornando-a letal, ofensiva, e determinando o como fazer (arte), para explorar as tecnologias (ciência) existentes em um cenário operacional.
3.15.3 A Guerra Eletrônica é o conjunto de ações que:
a) utiliza a energia eletromagnética para destruir, neutralizar ou reduzir a capacidade de combate inimiga;
b) busca extrair informações e obter vantagem, quando o oponente utiliza o espectro eletromagnético; e
c) visa a assegurar o emprego eficiente das emissões eletromagnéticas pelas forças amigas.
3.15.4 A Guerra Eletrônica é dividida, de acordo com seus objetivos, em três grandes grupos: medidas de apoio de guerra eletrônica (MAGE), medidas de ataque eletrônico (MAE) e medidas de proteção eletrônica (MPE).
3.15.5 A Guerra Eletrônica fornece os fundamentos que contribuem para entender e explorar o espetro eletromagnético, visando a desenvolver novos conceitos de guerra, concepções de emprego, métodos, modelos e táticas. Da mesma forma, essa atividade estuda, explora e contribui para o desenvolvimento de tecnologias utilizadas no cenário tático da guerra, em uma mistura de arte e ciência, que deve ser empregada para multiplicar a capacidade operacional das Forças.
3.16 A GUERRA DE INFORMAÇÃO - IMPACTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO MEIO MILITAR
3.16.1 Na atualidade, os sistemas de apoio à decisão são marcados pela multiplicidade dos meios de informação que os alimentam. O seu universo de aplicação é amplo e decisivo no campo de batalha moderno, caracterizado pelo emprego extensivo de equipamentos tecnologicamente avançados.
3.16.2 Esse cenário tem influência direta na ação das Forças Armadas, porque exige a proteção da informação que circula nos seus sistemas de C2.
3.16.3 A tecnologia desempenha, dentro deste contexto, um papel fundamental, por garantir não só a eficácia dos sistemas de informação existentes, mas também a melhor forma de degradar os sistemas correspondentes do inimigo, revestindo de uma nova roupagem um conceito antigo, mas sempre presente, a que se dá hoje o nome de “Guerra da Informação”.

É presumível que os recursos humanos afetos às Estações de Comunicações Militares administrativas sejam contingenciados à sua cadeia de comando, ou por necessidade do serviço, de acordo com os objetivos específicos de comando e controle:

4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE COMANDO E CONTROLE
Os objetivos a seguir devem orientar o comportamento e as decisões dos recursos humanos da Força Aérea Brasileira, no desenvolvimento e na condução da atividade de Comando e Controle.
4.1 1º OBJETIVO
INTEGRAÇÃO DA ESTRUTURA DE COMANDO E CONTROLE DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA COM O MINISTÉRIO DA DEFESA, DEMAIS FORÇAS SINGULARES, ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS E OUTROS USUÁRIOS.
O Comando da Aeronáutica deverá buscar a integração de infra-estrutura, processos, doutrina e informações com o Ministério da Defesa, demais Forças Singulares, órgãos governamentais e qualquer outro usuário, cujas atividades gerem conhecimento essencial para o planejamento, condução, fiscalização, gerenciamento, coordenação e controle das atividades aéreas sob comando operacional e tático da Aeronáutica.
4.2 2º OBJETIVO
INTEGRAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES E DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DO COMANDO DA AERONÁUTICA COM O SISC2FAB.
A estrutura de C2 deve ser integrada à infra-estrutura de telecomunicações e aos sistemas de informação do Comando da Aeronáutica, de modo a possibilitar que comandantes operacionais e táticos da Força Aérea Brasileira utilizem princípios e recursos de C2, integrados entre si, para planejar, dirigir, coordenar e controlar as forças a eles subordinadas, por meio da utilização de recursos humanos, tecnologias e processos, no cumprimento de sua missão.
4.3 3º OBJETIVO
CAPACITAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA PARA O EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES DE COMANDO E CONTROLE.
As escolas de formação e de pós-formação da Aeronáutica, juntamente com o setor operacional, devem ministrar conhecimentos de C2 aos seus respectivos instruendos, visando a capacitá-los, de acordo com seu nível de responsabilidade, a gerenciar ou a participar dos processos da estrutura de Comando e Controle da Força Aérea Brasileira.
O conhecimento de C2 ministrado pelas organizações militares da Aeronáutica
deve primar pela manutenção da uniformidade doutrinária e conceitual, consubstanciada pelas publicações de C2 emitidas pelo Ministério da Defesa, pelo Estado-Maior da Aeronáutica e pelo Comando-Geral de Operações Aéreas.
4.4 4º OBJETIVO
VALORIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA, DEDICADOS AO DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS E DE CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DE COMANDO E CONTROLE.
As organizações militares do Comando da Aeronáutica, diretamente relacionadas com ensino, regulamentação e gerenciamento da atividade de C2, devem manter, como oficiais de doutrina de seus efetivos, militares com formação stricto sensu em C2, a fim de atuarem no desenvolvimento e na manutenção de conceitos doutrinários da referida atividade.
4.5 5º OBJETIVO
INTEGRAÇÃO DAS NECESSIDADES DE INOVAÇÃO OPERACIONAL, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DE COMANDO E CONTROLE COM O PARQUE CIENTÍFICO TECNOLÓGICO BRASILEIRO.
As organizações de ensino e pesquisa da Aeronáutica, em conjunto com as organizações operacionais, deverão buscar o desenvolvimento de linhas de pesquisa para integrar as necessidades operacional, científica e tecnológica de C2, internamente à Instituição e por meio de parcerias com o parque científico-tecnológico brasileiro.
4.6 6º OBJETIVO
INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS DE COMANDO E CONTROLE ÀS ATIVIDADES DE SUPORTE OPERACIONAL PREVISTAS NA DOUTRINA BÁSICA DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA.
Os processos e Sistemas de Tecnologia da Informação para Comando e Controle (STIC2) das atividades de suporte operacional, previstas na DCA 1-1, devem ter suas ações e funcionalidades, respectivamente, regidas de acordo com a documentação doutrinária e sistêmica da atividade de C2, subordinando-se às necessidades da área operacional.
4.7 7º OBJETIVO
ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA E TECNOLÓGICA DE COMANDO E CONTROLE NO ÂMBITO NACIONAL E INTERNACIONAL.
As organizações militares do Comando da Aeronáutica, diretamente relacionadas com ensino, regulamentação e gerenciamento da atividade de C2, devem enviar recursos humanos, periodicamente, a eventos nacionais e internacionais, onde possa ser reciclado o conhecimento na referida atividade.

Anualmente, os oficiais de doutrina das organizações militares do Comando da Aeronáutica, diretamente relacionadas com ensino, regulamentação e gerenciamento da
atividade de C2, devem-se reunir, a fim de comparar a doutrina de C2 em vigor com lições aprendidas a partir de exercícios e operações militares e com procedimentos adotados por outros países, propondo as atualizações necessárias nas publicações que regem a atividade de Comando e Controle.

Tal legislação presume que a ECM-T26, por exemplo passe a integrar confortavelmente o combalido efetivo do EMAER, ou sua designação mais recente. GABAER. Missões internacionais! Salvo engano há uma estação internacional. SITFA, ou o que sobrou dela...

No caso específico da ECMN-26, o espólio de recursos humanos deverá complementar sua cadeia de comando administrativa, mediante gravitação política com o detentor do recurso técnico descrito na DCA600-1, que encerra em suas disposições finais:

6 DISPOSIÇÕES FINAIS
Os casos não previstos por esta publicação serão submetidos ao Exmo Sr
Comandante da Aeronáutica ou ao Exmo Sr Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.

Quem assina a DCA 600-1?
Ten Brig Ar JUNITI SAITO, Comandante da Aeronáutica, (DOU1 no 120, de 25 JUN 2007).

Tá melhorando? Então pega força:

Quem assina a DCA 1-1?
Ten Brig Ar LUIZ CARLOS DA SILVA BUENO
Comandante da Aeronáutica

Quem a determina como transição de efetivo habilitado do próprio DECEA?

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO
ESPAÇO AÉREO, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 3º, inciso IX, da
Portaria Nº 1.161/GC3 de 19 de outubro de 2005 e o Art. 4o, incisos III e IV, combinado com o Artigo 11, inciso IV, todos do Regulamento do Departamento de Controle do espaço Aéreo (ROCA 20-7), aprovado pela Portaria no 1.212/GC3, de 27 de dezembro e 2006, Ten Brig Ar RAMON BORGES CARDOSO - Diretor-Geral do DECEA
(Publicado no BCA no 021, de 1º de fevereiro de 2010).

Ou seja: preparem-se para manobras. A gravitação dos recursos especializados convergirá conforme dispositivos legais combinados, mediante instruções. Tudo tranqüilo.

E pra facilitar, o próprio PCA delega providências:

2.3.4 A desativação das ECM administrativas possibilitará o aproveitamento dos operadores de telecomunicações em novas funções demandadas pela implantação dos novos sistemas, com um melhor aproveitamento do perfil profissional do graduado do QSS BCO. De acordo com as DCA1-1 e DCA600-1, isso é ótimo.

3.2.1 CRITÉRIOS
3.2.1.1 O Plano de Desativação das ECM está dividido em duas fases, preparadas de modo que não cause impacto operacional no trâmite de mensagens administrativas dos órgãos do COMAER.
3.2.1.2 A Fase 1 se refere à desativação das ECM instaladas em órgãos subordinados ao
DECEA e será efetivada seguindo um cronograma previamente estabelecido pelos órgãos regionais do DECEA em suas respectivas áreas de jurisdição.
3.2.1.3 A Fase 2 é referente à desativação das ECM nas demais OM do COMAER e será efetivada segundo o interesse dos diretores, comandantes ou chefes das respectivas OM.

A Fase 3 não é descrita porque não foi pensada em termos de contingente para emprego. Seremos devolvidos ao elo militar decorrente das atividades militares.

Ou seja: o comandante de cada Unidade decide quando desativará ou não sua estação. Tem prazo até 2013 e quem desativar perde seu efetivo por interesse do serviço, mas ganha um terminal da Nova RACAM para treinar seu pessoal. Troca justa. Onde entra a estação rádio nesse circuito?Onde se detecta um erro conceitual:

3.2.1.7 Os órgãos regionais serão os responsáveis por preparar os novos operadores dos
terminais de comunicação e, como forma de padronização, deverão seguir o Programa de Treinamento Teórico de Operação de Terminal RACAM e o Programa de Treinamento Teórico de Operação de Terminal AFTN, anexos a este Plano e elaborados pelo SDOP.

De acordo com o exposto, o CINDACTA1 – órgão regional será responsável por preparar os novos clientes da rede administrativa, não operadores. Não haverá operadores RACAM. Haverá usuários RACAM. A não ser que não seja a mesma coisa, os terminais serão utilizados pelo pessoal capacitado pelo Programa de Treinamento Teórico de Operação de Terminal RACAM, não pelas equipes descritas no MCA 102-7.

As equipes serão extintas. Seus integrantes encaminhados para os pólos de decisão das cadeia de comando conforme planejamento consonante às diretrizes. O que fugir disso recai nas responsabilidades do Plano de Desativação das Estações:

3.2.1.8 Caso haja necessidade, o órgão regional poderá solicitar orientação ao SDOP para esclarecimentos dos assuntos abordados nos programas de treinamento a serem ministrados aos novos operadores dos terminais de comunicação <>.

É possível que o próximo SDOP ou DGCEA seja o atual Comandante do CINDACTA1. É a seqüência lógica lato-sensu.Tem perfil. Só duvido que abra mão de seus ativos militares, que sequer outros militares têm noção exata de sua composição.
Ou seja. Voltando à Política de Comando e Controle:

2 CONCEPÇÃO DE EMPREGO
A atividade de Comando e Controle (C2), no âmbito da Aeronáutica, é exercida por meio do Sistema de Comando e Controle da Força Aérea Brasileira (SISC2FAB). O SISC2FAB é um sistema formado por recursos humanos, estrutura organizacional e infra-estrutura tecnológica, definidos conforme estabelecido pela Doutrina Militar de C2 do Ministério da Defesa (MD).
O SISC2FAB deve atender às necessidades operacionais de C2 do COMAER, tanto em tempo de paz como em situação de conflito. Deve ter representação em todos os Comandos-Gerais e Departamentos da Aeronáutica, ramificando-se para as demais organizações militares, de modo a possibilitar que o exercício do C2 ocorra de forma integrada em toda a Instituição.
O SISC2FAB também se deve relacionar com os sistemas congêneres do MD e das demais Forças Armadas, a fim de possibilitar o emprego combinado de meios em situação de crise ou conflito. Da mesma forma, deve buscar interfaces com sistemas organizacionais de C2 das forças de Segurança Pública e de Defesa Civil, consolidando esforços quando houver a necessidade de defender a soberania, manter a ordem interna ou proporcionar assistência humanitária em atendimento aos interesses nacionais.
Os recursos humanos constituem o principal ativo do SISC2FAB, por serem os usuários fundamentais do Sistema, organizados em torno dos comandantes operacionais e táticos da Força Aérea Brasileira.
O próximo ativo, em grau de importância, é a informação, por ser o elemento catalisador entre a intenção de um comandante e o resultado final de uma ação militar. Toda a estrutura de C2 deve ser montada de maneira a otimizar a produção, o armazenamento, o trâmite, o acesso, o processamento e a segurança da informação.
Essa otimização torna-se mais acentuada com a utilização de recursos tecnológicos modernos, ajustados para o ambiente operacional e para a concepção de emprego da Força Aérea Brasileira, além da aplicação efetiva das Operações de Informação.
Como a tecnologia é considerada estratégica por quem a detém e constitui um fator crítico para o desenvolvimento de equipamentos computacionais e de telecomunicações,
essenciais ao C2, a busca pelo seu domínio e aperfeiçoamento deve ser contínua, por meio de investimentos diretos em pesquisa e desenvolvimento ou mediante parcerias com instituições públicas e privadas. Esse desenvolvimento deve estar alinhado com as necessidades do setor operacional.
DCA 600-1. Comandante da Aeronáutica.

Tudo isso da legislação vigente e recente registrada no CENDOC. Está previsto e pronto. A vida tem dessas coisas. A escala RISAER vai ficar apertada...

"Se queres prever o futuro, estuda o passado." (Confúcio)