Paródia: “A Coisa – Ivon Curi”
Um dia fui à Fab
Pronto pra trabalhar
E vi por entre as teias
Uma pasta a arquivar
Peguei depressa a pasta, - uh!!!
Meu Deus que será isso?!?
Lá dentro havia uma NPA que eu nunca tinha visto
Levei ao cabo velho, a pasta a toda pressa
O cabo abriu a pasta, gritou “que história é essa?”
Ficou indignadíssimo e disse com certa malícia
Se livra logo dessa NPA, ou vai virar notícia
Peguei a velha pasta, sem o menor receio
CENDOC, guarda isso há anos... Mandei pelo correio
O chefe do CENDOC devolve aquela maravilha
“Não quero saber dessa NPA, na pensão da minha filha!”
Não posso compreender porque ninguém a quer
Por isso decidi guardar com minha mulher
“Meu bem, mantemos com a gente?”
“Oh, que coragem a sua!”
Mas quando ela leu a NPA me pôs no olho da rua
Um sub velho cansado: “ajudem minha chefia”
Peguei aquela NPA, leva pra sua salinha
O sub deu um grito, saiu de quepe na rua
Minha chefia não quer essa NPA, porque não dá pra tua?
A moral dessa história
É fácil de tirar
Se alguém achar uma pasta
Mesmo ao capinar
Espie com cuidado
Pra ver o que e que há
Se dentro houver uma NPA, deixe em seu lugar.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Anti-Tabaco
Lei antifumo em Nova York é estendida para praias e parques
A proibição deve abranger ainda a Times Square. Trata-se de uma das mais duras ações adotada por uma metrópole no mundo
O conselho municipal (equivalente a câmara dos vereadores) de Nova York aprovou uma ampliação na legislação antifumo em vigor na cidade americana, transformando-a em uma das mais duras adotadas por uma metrópole no mundo.
Desde 2003 é proibido fumar em bares e restaurantes de Nova York. Com a nova mudança, também será proibido fumar em qualquer um dos 1,7 mil parques públicos da cidade e nos seus 23 km de praias.
A proibição também deve abranger praças para pedestres – como é o caso de Times Square, em Manhattan, um dos principais pontos turísticos nova-iorquinos.
De acordo com o jornal The New York Times, somente atores fumando durante cenas de produções para cinema ou televisão estão livres das restrições.
A proibição passará a valer 90 dias após ser assinada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e ele tem 20 dias para fazê-lo.
Direitos
"Neste verão, os novaiorquinos que vão para nossos parques e praias para se divertirem e terem um pouco de ar fresco poderão respirar um ar ainda mais limpo e sentar em uma praia que não esteja cheia de bitucas de cigarro", disse Bloomberg após a votação do conselho.
Quando a lei entrar em vigor, o Departamento de Parques da cidade terá o poder de impor aos fumantes multas semelhantes às multas para pedir esmola ou urinar em público, em valores abaixo de US$ 100 (cerca de R$ 166).
Mas a prefeitura espera que os próprios cidadãos sigam a lei espontaneamente, lembrando uns aos outros da proibição. O conselho municipal disse que a polícia não será responsável pela imposição da nova proibição.
Alguns dos membros do conselho que votaram contra a medida a denunciaram como infração dos direitos individuais.
"Eu realmente acredito que o governo está sendo muito restritivo neste assunto particular", disse Robert Jackson, um democrata do bairro do Harlem. "Uma sociedade totalitária tem esse tipo de restrições."
Outras importantes cidades americanas adotaram leis severas para conter o tabagismo. Em Los Angeles é proibido fumar em parques municipais, e em Chicago não se pode fumar em parques com área para crianças.
A proibição deve abranger ainda a Times Square. Trata-se de uma das mais duras ações adotada por uma metrópole no mundo
O conselho municipal (equivalente a câmara dos vereadores) de Nova York aprovou uma ampliação na legislação antifumo em vigor na cidade americana, transformando-a em uma das mais duras adotadas por uma metrópole no mundo.
Desde 2003 é proibido fumar em bares e restaurantes de Nova York. Com a nova mudança, também será proibido fumar em qualquer um dos 1,7 mil parques públicos da cidade e nos seus 23 km de praias.
A proibição também deve abranger praças para pedestres – como é o caso de Times Square, em Manhattan, um dos principais pontos turísticos nova-iorquinos.
De acordo com o jornal The New York Times, somente atores fumando durante cenas de produções para cinema ou televisão estão livres das restrições.
A proibição passará a valer 90 dias após ser assinada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e ele tem 20 dias para fazê-lo.
Direitos
"Neste verão, os novaiorquinos que vão para nossos parques e praias para se divertirem e terem um pouco de ar fresco poderão respirar um ar ainda mais limpo e sentar em uma praia que não esteja cheia de bitucas de cigarro", disse Bloomberg após a votação do conselho.
Quando a lei entrar em vigor, o Departamento de Parques da cidade terá o poder de impor aos fumantes multas semelhantes às multas para pedir esmola ou urinar em público, em valores abaixo de US$ 100 (cerca de R$ 166).
Mas a prefeitura espera que os próprios cidadãos sigam a lei espontaneamente, lembrando uns aos outros da proibição. O conselho municipal disse que a polícia não será responsável pela imposição da nova proibição.
Alguns dos membros do conselho que votaram contra a medida a denunciaram como infração dos direitos individuais.
"Eu realmente acredito que o governo está sendo muito restritivo neste assunto particular", disse Robert Jackson, um democrata do bairro do Harlem. "Uma sociedade totalitária tem esse tipo de restrições."
Outras importantes cidades americanas adotaram leis severas para conter o tabagismo. Em Los Angeles é proibido fumar em parques municipais, e em Chicago não se pode fumar em parques com área para crianças.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Padre Roberto Landell de Moura
Há 150 anos nascia o brasileiro que inventou o rádio
Nesta sexta-feira, 21 de janeiro, o Brasil celebra o sesquicentenário de nascimento do padre-cientista Roberto Landell de Moura, inventor brasileiro do rádio e Pai das Telecomunicações. Uma série de atividades foi programada para este dia, entre elas o lançamento de selo e carimbo alusivos ao tema pelos Correios nas cidades de Porto Alegre, Campinas e Brasília.
Ironia do destino, embora seja um dos maiores gênios dos séculos XIX e XX, por suas invenções e atuação científica, Landell de Moura, gaúcho de Porto Alegre nascido no dia 21 de janeiro de 1861, é ignorado em seu próprio País, onde as crianças continuam aprendendo que o inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi.
Com o conhecimento teórico e a inquietude dos que estão à frente de seu tempo, Roberto Landell de Moura transmitiu a voz humana à distância, sem fio, pela primeira vez no mundo. Foi também pioneiro ao projetar aparelhos para a transmissão de imagens (a TV) e textos (o teletipo). Previu que as ondas curtas poderiam aumentar a distância das comunicações e também utilizou-se da luz para enviar mensagens, princípio das fibras ópticas. Tudo está documentado por patentes, manuscritos, noticiário da imprensa no Brasil e no exterior e testemunhos.
As pioneiras transmissões de rádio aconteceram no final do século XIX, ligando o alto de Santana – o Colégio Santana – à emblemática Avenida Paulista, que hoje abriga diversas antenas de emissoras de rádio e de TV.
Ao transmitir a voz, Landell se diferenciou de Marconi. O cientista italiano inventou o telégrafo sem fios, ou seja, a transmissão de sinais em código Morse (conjunto de pontos e traços) e não o rádio tal como o conhecemos.
As experiências do padre Landell não sensibilizaram autoridades e nem patrocinadores. Pior: um grupo de fiéis achou que o padre “falava com o demônio” e destruiu seus aparelhos.
Mesmo tendo patenteado o rádio no Brasil (1901), Landell não obteve reconhecimento. Decidiu, então, viajar para os Estados Unidos, onde conseguiu, em 1904, três cartas patentes. De volta ao Brasil, quis fazer uma demonstração das suas invenções no Rio de Janeiro, mas, por um erro de avaliação, o Governo não lhe deu a oportunidade. Depois, ele seria “forçado” a abandonar as experimentações científicas. Morreu no ostracismo e o Brasil importou tecnologia para entrar na era das radiocomunicações!
Landell de Moura está, agora, já em pleno século XXI, prestes a ver seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão Tancredo Neves, graças ao Projeto de Lei do senador Sérgio Zambiasi, que está atualmente em análise na Câmara dos Deputados. Estará, desse modo, ao lado de outros heróis como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Santos Dumont e Oswaldo Cruz.
Também receberá, em fevereiro, o título post-mortem de Cidadão Paulistano (que Marconi recebeu em vida), por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel.
Há anos, ele é o patrono dos rádio amadores brasileiros e seu nome está em ruas e praças de várias cidades, em instituições públicas e em livros publicados no Brasil e no Exterior.
Nesta sexta-feira, 21 de janeiro, o Brasil celebra o sesquicentenário de nascimento do padre-cientista Roberto Landell de Moura, inventor brasileiro do rádio e Pai das Telecomunicações. Uma série de atividades foi programada para este dia, entre elas o lançamento de selo e carimbo alusivos ao tema pelos Correios nas cidades de Porto Alegre, Campinas e Brasília.
Ironia do destino, embora seja um dos maiores gênios dos séculos XIX e XX, por suas invenções e atuação científica, Landell de Moura, gaúcho de Porto Alegre nascido no dia 21 de janeiro de 1861, é ignorado em seu próprio País, onde as crianças continuam aprendendo que o inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi.
Com o conhecimento teórico e a inquietude dos que estão à frente de seu tempo, Roberto Landell de Moura transmitiu a voz humana à distância, sem fio, pela primeira vez no mundo. Foi também pioneiro ao projetar aparelhos para a transmissão de imagens (a TV) e textos (o teletipo). Previu que as ondas curtas poderiam aumentar a distância das comunicações e também utilizou-se da luz para enviar mensagens, princípio das fibras ópticas. Tudo está documentado por patentes, manuscritos, noticiário da imprensa no Brasil e no exterior e testemunhos.
As pioneiras transmissões de rádio aconteceram no final do século XIX, ligando o alto de Santana – o Colégio Santana – à emblemática Avenida Paulista, que hoje abriga diversas antenas de emissoras de rádio e de TV.
Ao transmitir a voz, Landell se diferenciou de Marconi. O cientista italiano inventou o telégrafo sem fios, ou seja, a transmissão de sinais em código Morse (conjunto de pontos e traços) e não o rádio tal como o conhecemos.
As experiências do padre Landell não sensibilizaram autoridades e nem patrocinadores. Pior: um grupo de fiéis achou que o padre “falava com o demônio” e destruiu seus aparelhos.
Mesmo tendo patenteado o rádio no Brasil (1901), Landell não obteve reconhecimento. Decidiu, então, viajar para os Estados Unidos, onde conseguiu, em 1904, três cartas patentes. De volta ao Brasil, quis fazer uma demonstração das suas invenções no Rio de Janeiro, mas, por um erro de avaliação, o Governo não lhe deu a oportunidade. Depois, ele seria “forçado” a abandonar as experimentações científicas. Morreu no ostracismo e o Brasil importou tecnologia para entrar na era das radiocomunicações!
Landell de Moura está, agora, já em pleno século XXI, prestes a ver seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão Tancredo Neves, graças ao Projeto de Lei do senador Sérgio Zambiasi, que está atualmente em análise na Câmara dos Deputados. Estará, desse modo, ao lado de outros heróis como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Santos Dumont e Oswaldo Cruz.
Também receberá, em fevereiro, o título post-mortem de Cidadão Paulistano (que Marconi recebeu em vida), por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel.
Há anos, ele é o patrono dos rádio amadores brasileiros e seu nome está em ruas e praças de várias cidades, em instituições públicas e em livros publicados no Brasil e no Exterior.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Privada I: o homem e sua obra – Antônio Prata
O Homem é o novo rico da natureza. Assim que nos demos conta de que éramos os únicos na vizinhança que falávamos, fazíamos as quatro operações e conseguíamos encostar o dedão no mindinho, ficamos profundamente, irremediavelmente bestas. Cobrimos a pele com panos, penteamos o cabelo pra trás, passamos uma salivinha na sobrancelha, dissemos: adeus, bicho! e saímos da selva.
Nem mal deixamos o bosque, passamos a esnobá-lo e a condenar as atitudes de todos os seus habitantes. Nós éramos superiores! Nós dominávamos a natureza! Nós usávamos ferramentas, meias e fio dental!
Novo rico que se preze, no entanto, dá bandeira. Há sempre um douradinho além da conta, um sotaque suburbano escapando num momento de exaltação, um conversível rosa com a placa mom ou dad. Com a humanidade também é assim. Por mais que consigamos trocar nossos odores naturais por mentol, eucalipto ou tutti-frutti, gastemos um bilhão de dólares em pesquisa para criar lâminas capazes de raspar perfeitamente nossos pêlos e cubramos toda a crosta da terra com asfalto e carpete sintético, um ato sempre nos denunciará o passado selvagem, a natureza animal: a cagada. Ali não tem desculpa, não tem disfarce.
A merda é nossa ligação perene com a floresta, com o barro de onde viemos. Aí não tem talher nem tailleur nenhum que nos diferencie da arara ou do tamanduá. Nus como as trutas, acocorados como os cães, expelimos a verdade universal, fisiológica, cilíndrica e obscura que por tanto tempo tentamos ocultar. Somos animais!
Temendo uma reflexão mais elaborada sobre o assunto, e sabendo das conseqüências que tamanha verdade traria uma vez revelada, desde cedo cuidamos de camuflar o assunto. Fizemos com a bosta o que fazemos com as putas, as drogas e tudo aquilo que é necessário existir, mas não é preciso divulgar; marginalizamo-la. Condenamos as fezes ao ostracismo.
No início, enquanto vagávamos nômades, a coisa era bem fácil. O sujeito simplesmente se afastava um pouco da horda, fazia o que tinha de fazer e ia embora, deixando as sujeiras para trás. Estávamos literalmente cagando e andando.
Quando os primeiros povos dominaram as técnicas de irrigação e, portanto, a agricultura, passaram a viver fixos num determinado local, e defecar ficou um pouquinho mais complicado. O sujeito tinha que sair da aldeia, andar um pouco, achar uma moita, cavar um buraco, fazer e enterrar. Durante muito tempo a coisa rolou assim, trabalhosa, mas sem maiores problemas.
Foi o crescimento da população e das aldeias que começou a complicar o processo. A moitinha ia ficando cada vez mais longe de casa, corria-se sempre o risco de se encontrar um conhecido por lá e, pior de tudo, cavar um buraco de segunda mão.
Dizem que foi um bretão chamado Walter Collins que teve a brilhante idéia: cavar um buraco bem fundo no quintal de casa e cercá-lo por paredes. Em pouco tempo a invenção de Walter, assim como suas iniciais, já podiam ser vistas em grande parte do mundo. Parecia que o problema havia sido solucionado. Mas veio a revolução industrial, o grande êxodo para as cidades e os quintais, como se sabe, foram pra cucuia.
Talvez tenha sido esse o momento mais difícil da humanidade frente aos seus excrementos, o clímax entre o Homem e sua sombra animal. Tivemos que trazer a bosta para dentro de nosso próprio lar. Para que isso fosse possível, bastava que jamais assumíssemos o verdadeiro fim do aposento que covardemente, eufemisticamente, chamamos de banheiro. Sim, meus caros, para não dar nas vistas, inventamos o chuveiro, a banheira, a higiene bucal, o secador de cabelo, o rímel, o blush e o batom, a acne e os tratamentos antiacne e todas as outras coisas para se fazer ali. Além disso, criou-se um arsenal para se disfarçar o cocô: sprays com odor de rosas, sachês que deixam a água da privada azul, verde ou rosa, exaustores, bidês e papeis higiênicos perfumados.
Ali, naquele ambiente cientificamente controlado, podemos aliviar as nossas necessidades com o máximo distanciamento possível. Após dar a descarga, nosso cocô é mandado para esgotos submersos, que desembocam em rios que vão dar lá longe no oceano. Sanamos o problema por enquanto, mas é só uma questão de tempo.
Todo esse cocô está se unindo, formando o maior movimento underground do mundo. Nossas cidades, nossos países estão boiando sobre rios de merda. Fala-se muito no fim do petróleo e no fim da água, mas não será assim que nós morreremos. Numa incerta manhã um cidadão dará a descarga e, como na piada, ouvirá o estrondo: o subsolo, entupido, explodirá. A verdade, reprimida por séculos e séculos, emergirá. Só nesse dia todos perceberão o tamanho da cagada em que nos metemos desde o dia em que resolvemos sair da floresta. E não haverá sachê nem bom ar que dê jeito. Como se sabe, só as baratas sobreviverão.
Nem mal deixamos o bosque, passamos a esnobá-lo e a condenar as atitudes de todos os seus habitantes. Nós éramos superiores! Nós dominávamos a natureza! Nós usávamos ferramentas, meias e fio dental!
Novo rico que se preze, no entanto, dá bandeira. Há sempre um douradinho além da conta, um sotaque suburbano escapando num momento de exaltação, um conversível rosa com a placa mom ou dad. Com a humanidade também é assim. Por mais que consigamos trocar nossos odores naturais por mentol, eucalipto ou tutti-frutti, gastemos um bilhão de dólares em pesquisa para criar lâminas capazes de raspar perfeitamente nossos pêlos e cubramos toda a crosta da terra com asfalto e carpete sintético, um ato sempre nos denunciará o passado selvagem, a natureza animal: a cagada. Ali não tem desculpa, não tem disfarce.
A merda é nossa ligação perene com a floresta, com o barro de onde viemos. Aí não tem talher nem tailleur nenhum que nos diferencie da arara ou do tamanduá. Nus como as trutas, acocorados como os cães, expelimos a verdade universal, fisiológica, cilíndrica e obscura que por tanto tempo tentamos ocultar. Somos animais!
Temendo uma reflexão mais elaborada sobre o assunto, e sabendo das conseqüências que tamanha verdade traria uma vez revelada, desde cedo cuidamos de camuflar o assunto. Fizemos com a bosta o que fazemos com as putas, as drogas e tudo aquilo que é necessário existir, mas não é preciso divulgar; marginalizamo-la. Condenamos as fezes ao ostracismo.
No início, enquanto vagávamos nômades, a coisa era bem fácil. O sujeito simplesmente se afastava um pouco da horda, fazia o que tinha de fazer e ia embora, deixando as sujeiras para trás. Estávamos literalmente cagando e andando.
Quando os primeiros povos dominaram as técnicas de irrigação e, portanto, a agricultura, passaram a viver fixos num determinado local, e defecar ficou um pouquinho mais complicado. O sujeito tinha que sair da aldeia, andar um pouco, achar uma moita, cavar um buraco, fazer e enterrar. Durante muito tempo a coisa rolou assim, trabalhosa, mas sem maiores problemas.
Foi o crescimento da população e das aldeias que começou a complicar o processo. A moitinha ia ficando cada vez mais longe de casa, corria-se sempre o risco de se encontrar um conhecido por lá e, pior de tudo, cavar um buraco de segunda mão.
Dizem que foi um bretão chamado Walter Collins que teve a brilhante idéia: cavar um buraco bem fundo no quintal de casa e cercá-lo por paredes. Em pouco tempo a invenção de Walter, assim como suas iniciais, já podiam ser vistas em grande parte do mundo. Parecia que o problema havia sido solucionado. Mas veio a revolução industrial, o grande êxodo para as cidades e os quintais, como se sabe, foram pra cucuia.
Talvez tenha sido esse o momento mais difícil da humanidade frente aos seus excrementos, o clímax entre o Homem e sua sombra animal. Tivemos que trazer a bosta para dentro de nosso próprio lar. Para que isso fosse possível, bastava que jamais assumíssemos o verdadeiro fim do aposento que covardemente, eufemisticamente, chamamos de banheiro. Sim, meus caros, para não dar nas vistas, inventamos o chuveiro, a banheira, a higiene bucal, o secador de cabelo, o rímel, o blush e o batom, a acne e os tratamentos antiacne e todas as outras coisas para se fazer ali. Além disso, criou-se um arsenal para se disfarçar o cocô: sprays com odor de rosas, sachês que deixam a água da privada azul, verde ou rosa, exaustores, bidês e papeis higiênicos perfumados.
Ali, naquele ambiente cientificamente controlado, podemos aliviar as nossas necessidades com o máximo distanciamento possível. Após dar a descarga, nosso cocô é mandado para esgotos submersos, que desembocam em rios que vão dar lá longe no oceano. Sanamos o problema por enquanto, mas é só uma questão de tempo.
Todo esse cocô está se unindo, formando o maior movimento underground do mundo. Nossas cidades, nossos países estão boiando sobre rios de merda. Fala-se muito no fim do petróleo e no fim da água, mas não será assim que nós morreremos. Numa incerta manhã um cidadão dará a descarga e, como na piada, ouvirá o estrondo: o subsolo, entupido, explodirá. A verdade, reprimida por séculos e séculos, emergirá. Só nesse dia todos perceberão o tamanho da cagada em que nos metemos desde o dia em que resolvemos sair da floresta. E não haverá sachê nem bom ar que dê jeito. Como se sabe, só as baratas sobreviverão.
domingo, 12 de dezembro de 2010
TLDZ ou 2E
No mesmo carro com motor aspirado (digo aspirado no sentido de ter feito trabalho de cabeçote, comando, escape, etc):
Com um carburador 2E o motor tinha uma aceleração gradual, sem buracos e constante quase como um motor original só que mais forte. A regulagem de marcha lenta também era mais fácil devido ao posicionamento do parafuso e pelo fato de ser um parafuso!
Mas era só isso... As desvantagens eram a partida a frio MUITO difícil comparado ao TLDZ - e antes de o motor atingir temperatura normal de trabalho era uma condução horrível!
O TLDZ fornece mais torque em baixa rotação que o 2E porém é mais "brabo"
para controlar em baixa rotação - é difícil manter 30Km/h em reta sem acelerar nem tirar o pé do acelerador com o TLDZ (em 3a marcha, caixa PS(Loooonga)), já o 2E era bem sussegado. Com o TLDZ o carro tende a "soquear".
A aceleração do TLDZ é MUITO superior ao do 2E, porém é mais "buracosa" heheheh
Tipo: na 1a marcha puxando de 0 a 60Km/h ele se "embabaca" um pouco até 30Km/h, então dos 30 aos 40 ele ganha um ânimo considerável e dos 40 aos 60 ele vai como uma bala!
Já com o 2E ele acelerava gradualmente (porém com menos velocidade) até 50Km/h e daí se amarrava até os 60Km/h - tanto que nem valia a pena esticar até essa velocidade com ele...
Consumo de combustível é igual em ambos. Velocidade final é entre 5 e 10Km/h maior com
o TLDZ.
Resumindo: Se vc prioriza dirigibilidade num motor aspirado (então nem deveria ter aspirado!!) e vc roda a maioria das vezes com o motor quente então o 2E é pra vc.
Se vc prefere potência em altos RPMs mesmo que sacrificando dirigibilidade em baixa rotação porém com melhor dirigibilidade e frio: Fique com o TLDZ.
Isso que relatei é o que aconteceu comigo! Pode ter um monte de gente dizendo que "blah blah blah TLDZ é uma mer**" mas pra mim foi melhor que o 2E que tentei... Tanto que hoje já me desfiz do 2E a tempo e não pretendo trocar o TLDZ tão cedo (a menos que por uma IE Fueltech :)).
DIZEM que no caso de carro turbo a coisa muda de figura - mas daí eu não sei porque eu não me interesso por carro turbo...
Falow!
EDIT: A marcha lenta com 2E é melhor do que com o TLDZ. Com o TLDZ o giro tem que ser um pouco maior e mesmo assim a lenta não fica perfeita (comando 272).
Com um carburador 2E o motor tinha uma aceleração gradual, sem buracos e constante quase como um motor original só que mais forte. A regulagem de marcha lenta também era mais fácil devido ao posicionamento do parafuso e pelo fato de ser um parafuso!
Mas era só isso... As desvantagens eram a partida a frio MUITO difícil comparado ao TLDZ - e antes de o motor atingir temperatura normal de trabalho era uma condução horrível!
O TLDZ fornece mais torque em baixa rotação que o 2E porém é mais "brabo"
para controlar em baixa rotação - é difícil manter 30Km/h em reta sem acelerar nem tirar o pé do acelerador com o TLDZ (em 3a marcha, caixa PS(Loooonga)), já o 2E era bem sussegado. Com o TLDZ o carro tende a "soquear".
A aceleração do TLDZ é MUITO superior ao do 2E, porém é mais "buracosa" heheheh
Tipo: na 1a marcha puxando de 0 a 60Km/h ele se "embabaca" um pouco até 30Km/h, então dos 30 aos 40 ele ganha um ânimo considerável e dos 40 aos 60 ele vai como uma bala!
Já com o 2E ele acelerava gradualmente (porém com menos velocidade) até 50Km/h e daí se amarrava até os 60Km/h - tanto que nem valia a pena esticar até essa velocidade com ele...
Consumo de combustível é igual em ambos. Velocidade final é entre 5 e 10Km/h maior com
o TLDZ.
Resumindo: Se vc prioriza dirigibilidade num motor aspirado (então nem deveria ter aspirado!!) e vc roda a maioria das vezes com o motor quente então o 2E é pra vc.
Se vc prefere potência em altos RPMs mesmo que sacrificando dirigibilidade em baixa rotação porém com melhor dirigibilidade e frio: Fique com o TLDZ.
Isso que relatei é o que aconteceu comigo! Pode ter um monte de gente dizendo que "blah blah blah TLDZ é uma mer**" mas pra mim foi melhor que o 2E que tentei... Tanto que hoje já me desfiz do 2E a tempo e não pretendo trocar o TLDZ tão cedo (a menos que por uma IE Fueltech :)).
DIZEM que no caso de carro turbo a coisa muda de figura - mas daí eu não sei porque eu não me interesso por carro turbo...
Falow!
EDIT: A marcha lenta com 2E é melhor do que com o TLDZ. Com o TLDZ o giro tem que ser um pouco maior e mesmo assim a lenta não fica perfeita (comando 272).
Misgurnus Anguillicaudatus
O dojô (Misgurnus anguillicaudatus) é um peixe cobitídio de água doce, nativo do nordeste da Ásia, especialmente da China. Popular no aquarismo, por ser um agente limpador de fundo. Gosta muito de enterrar-se, principalmente durante o dia, pois é predominantemente notívago, mas em casos de água muito fria, o dojô fica letárgico, a passar muito tempo enterrado.
Esse peixe normalmente não passa dos oito centímetros em cativeiro, mas chega aos vinte centímetros na natureza. Ele é encontrado em duas pigmentações: uma com o corpo mais listrado e outro com menos listras.
A água ideal para um dojô tem o Ph 7,0 – ou seja, neutro – e temperatura em torno dos 22 °C.
Segundo afirmam algumas pessoas, este animal possui habilidades meteorológicas, e pode prever tempo chuvoso, quando começa a saltar para fora da água. É um animal forte e resiste mais tempo sem água do que a maioria dos peixes.
Esse peixe normalmente não passa dos oito centímetros em cativeiro, mas chega aos vinte centímetros na natureza. Ele é encontrado em duas pigmentações: uma com o corpo mais listrado e outro com menos listras.
A água ideal para um dojô tem o Ph 7,0 – ou seja, neutro – e temperatura em torno dos 22 °C.
Segundo afirmam algumas pessoas, este animal possui habilidades meteorológicas, e pode prever tempo chuvoso, quando começa a saltar para fora da água. É um animal forte e resiste mais tempo sem água do que a maioria dos peixes.
Assinar:
Postagens (Atom)